quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Ao final, o desabafo

Exercício proposto pelo grupo de Blogs - Tiago Freitas

Não sei se fico feliz ou triste. Poderia ficar feliz porque o stress está prestes a acabar, janeiro está chegando, vou comer bastante caranguejo, tomar doses letais de vodka, uísque, tequila. Mas também poderia ficar triste porque, em fevereiro, o meu prazer acaba.

Olhando para estes últimos seis meses, me limito a dizer que nunca na história da Universidade Católica houve um período tão desagradável quanto este 2011.2. Além de lidar cada vez mais intensamente com o fato de que nós, futuros jornalistas, iremos trabalhar mais do que negros em tempos coloniais e receber menos do que os mesmos, ainda por cima temos que administrar diversas situações inadministráveis. Toda vez que saio de casa em rumo a Católica, me sinto o próprio Steve Irwin.

Aliás, ninguém no mundo passa mais horas sentado num banco de um carro do que eu. Ir à Católica, às 18h é exatamente igual a fazer uma viagem de mais de 100km ao interior de Pernambuco. Pior é pensar que ainda faltam dois inacabáveis anos de muito trânsito, muito esforço e pouco dinheiro. Isso se não houver nenhuma surpresa desagradável. Além do mais, só de lembrar que depois da faculdade, ainda tenho várias experiências nas quais aprenderei de verdade a definição de trabalho escravo...

Jornalismo e Redes Sociais

Exercício proposto pelo grupo de Redes Sociais - Tiago Freitas

Talvez o papel da internet dentro da construção atual e futura do jornalismo tenha sido a discussão mais recorrente durante este nosso abençoado quarto período. Hoje, possivelmente, a internet seja a ferramenta mais importante e com maior alcance no consumo de notícias por parte da sociedade.

Ter espaço para falar o que quiser, quando quiser é algo excelente. Fugir do monopólio das grandes corporações de mídia também é extremamente louvável. Com o uso da internet, os conceitos de liberdade - tanto de imprensa, quanto pessoal - estão mais exacerbados, mais presentes.

No entanto, nem tudo são flores. A internet, por meio das redes sociais, pode ser utilizada para o caminho contrário do que seria, em teoria, ideal. Muitos indivíduos utilizam Orkut, Facebook e Twitter para forjar certas verdades. Engraçado é ver como as pessoas, de bom coração, acreditam nas mentiras inventadas por estes seres. Inclusive, repassam aquelas informações para outros amigos de bom coração, que também acreditam cegamente naquela inverdade. Ou seja, a internet também dá espaço a uma forma de manipulação forte, além de abrir caminho para que pessoas não capacitadas utilizem a revolução digital como meio de persuação.

Apesar de ser uma ferramenta fundamental na descontrução da arcaica formação jornalística e no maior consumo de notícia, a internet ainda precisa de melhoras significantes para, definitivamente, alcançar o status de 'salvadora do jornalismo'.

Matéria anti-ética

Exercício proposto pelo grupo de Ética no Jornalismo - Tiago Freitas

Quando o exercício passou a ser de meu conhecimento, a primeira coisa que fiz foi entrar no site da revista Veja. Sabia que encontraria algo de anti-ético lá. A qualquer hora, qualquer dia.

A situação da vez se trata de uma matéria na coluna de Augusto Nunes. O colunista posta um vídeo no qual ele afirma que a presidente Dilma Rouseff  'fica triste quando o governo perde um corrupto'. O link da postagem é este: http://veja.abril.com.br/blog/augusto-nunes/direto-ao-ponto/o-video-prova-que-dilma-rousseff-fica-infeliz-quando-o-governo-perde-um-corrupto/

Assistindo o vídeo, me deparei com situações que vão totalmente de encontro ao que deveria, em tese, ser o trabalho ético e moral de um jornalista. Primeiro, o fato de o vídeo ter sido totalmente editado, com trechos de discursos aleatórios, possivelmente bem antigos. Segundo, porque mesmo com a edição, que claramente tenta provar a tese do autor, o vídeo ainda não consegue explicar o título. Terceiro, uma matéria como essa evidencia aquela palavra bastante batida dentro do jornalismo: a parcialidade. A falta de profissionalismo, a partir do momento que se defende um lado por conceitos pessoais, talvez seja o maior crime do jornalismo atual.

Pior do que todos os 'defeitos' apresentados anteriormente, é saber que essas situações não são nem de perto questões pontuais. São situações amplas, estruturais, rotineiras, vistas e ouvidas todo o santo dia.